Blog da Fê para Você

Por Fernanda Oliveira

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Terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Artigo

AMOR PRÓPRIO


 Antes de amar outra pessoa, aprenda a ter amor próprio!


Muitos falam sobre amor próprio, mas não o compreende. É triste que a maioria de nós esteja tentando vencer batalhas externas como encontrar o amor, o sucesso ou a felicidade, mas não entendemos que o amor próprio é a raiz da qual tudo cresce.


Como podemos amar a próxima pessoa antes de aprendermos a nos amar? A nossa compreensão do amor próprio é aprendida durante a infância com aqueles que cuidaram de nós. Na maioria dos casos, é ensinado inconscientemente, acabamos de ter um vislumbre ao observar aqueles que nos nutriram. Este olhar dos nossos amores sobre a nossa pessoa.

 

Ah, este olhar “mágico”! Este olhar é tão importante quanto é importante olharmos de volta com amor. Lembra-se da empatia? Mais do que ser desejado, ser desejante é um outro lugar incrível de ser ocupado.

 

Voltando ao amor próprio, é mais do que apenas usar roupas bonitas, aplicar várias maquiagens caras e depois afirmar que você se ama. Amor próprio é um termo genérico para diferentes atos de amor que realizamos em relação a nós mesmos, física e não fisicamente. A pessoa pode ser “bem vestida” e não fazer ideia do que significa amar a si mesma. E amar a si mesma não é um ato de egoísmo - é um ato de bondade para com os outros - porque quando você ama a si mesmo, os outros não precisam lidar com seus problemas não resolvidos.

 

Pode-se dizer que o amor próprio compreende quatro importantes aspectos, a autoconsciência, a autovalorização, a autoestima e o autocuidado.

 

Autoconsciência é estar ciente de seus processos de pensamento, como eles afetam suas emoções e como as emoções fazem você agir. Você está ciente dos pensamentos que o fazem sentir raiva e o fazem agir impulsivamente? De onde eles vêm e por que estão lá? Por que eles fazem você agir da maneira que você age? O mesmo se aplica ao que te faz feliz. Por que isso te deixa feliz? É sair de si mesmo para se examinar. A autoconsciência é a chave para a inteligência emocional. O que o deixa louco pode não parar de deixá-lo louco, mas você saberá como reagir com eficácia ou como não responder. Pessoas com alta inteligência emocional temos emoções como nós. Mas eles saem de suas emoções para processá-las com eficácia. Isso também inclui se afastar ou evitar situações que você sabe que desencadearão certos sentimentos e reações indesejáveis dentro de você. Se você não consegue se afastar ou evitar a situação, a autoconsciência permite que você redirecione a energia que está colocando nessas emoções.

 

A autovalorização é perturbada pela programação negativa contínua que enfrentamos na sociedade, nos concentramos nas coisas ruins e desagradáveis e projetamos essa negatividade em nós mesmos com frequência, mesmo sem perceber. Você nasce com um mar infinito de potencial. Você o tem agora e terá até o dia de sua morte. Assim como não podemos criar ou destruir energia, podemos apenas explorar ou ocultar o potencial. Autovalorização são as crenças que temos sobre nós mesmos e, muitas vezes, lutamos para acreditar em nós mesmos. Isso se deve a circunstâncias infelizes que passamos no passado, das quais não conseguimos nos livrar totalmente. A autovalorização reside em todas as coisas boas sobre você. Todo mundo tem algo de bom sobre eles. Se você tem dificuldade para descobrir seu valor próprio, encontre um dia que possa passar escolhendo as coisas que você fez certo ou as coisas que outras pessoas apreciaram em você. Você pode ser um fracasso porque não sabe o seu valor. Nunca há um dia em que você não seja digno. A autovalorização não é determinada por nada, você não precisa fazer nada para valer a pena. Você apenas é. Seus pontos fortes, talentos e atos bondosos para com outras pessoas são apenas uma expressão de seu valor próprio.

 

A autoestima é a compreensão de que somos valiosos, independentemente do que conquistamos ou das qualidades que possamos ter e está mais ligada às nossas qualidades e conquistas. O exercício mencionado acima apela mais para a autovalorização, mas eu o usei para autoestima porque trabalhamos melhor com coisas que podemos ver do que com coisas que não podemos. Quando você desenvolve um senso de autovalor, a autoestima virá mais naturalmente. A autoestima tem a ver com a forma com que fomos amados na nossa infância, a forma com que percebemos este amor e com as realizações das pessoas em nossa faixa etária. Autoestima tem tudo a ver com estar contente e confortável com quem você é, onde você está e com o que você tem. Se você quer melhorar sua autoestima, lembre-se todos os dias de que você não precisa justificar sua existência. Sua necessidade de realizar certas coisas geralmente se deve à necessidade de justificar sua existência.

O aspecto do autocuidado tem mais a ver com o físico, mas não é totalmente físico. O autocuidado é tudo o que fazemos para nos mantermos saudáveis, como tomar banho, fazer uma dieta balanceada, nos mantermos hidratados e realizarmos atividades que nos dão prazer. O autocuidado também pode assumir a forma de observar o que você consome, como a música que ouve, as coisas que assiste e as pessoas com quem passa o tempo. Em comparação com os outros aspectos do amor próprio, o autocuidado é mais fácil de fazer. É melhor começar aqui sua jornada para descobrir o amor próprio.

Faça a si mesmo esta pergunta sempre que puder: “O que alguém que ama a si mesmo faria?” Faça a si mesmo essa pergunta sempre que precisar tomar uma decisão, seja ela trivial ou importante. Este exercício virá com uma dica e um aviso.

 

A jornada para alcançar o amor próprio não difere de confrontar seus demônios. É a razão pela qual a maioria de nós não tem, porque ninguém quer se sentar e conversar consigo mesmo. O amor próprio é difícil de alcançar porque significa ter que nos livrar de certas coisas e pessoas em que somos viciados.

Nosso vício por pessoas e hábitos que vão contra a premissa do amor próprio significa que nos comprometemos e, portanto, nos amamos condicionalmente, em troca da pressa momentânea que obtemos dessas coisas que nos distraem.



Fernanda Oliveira


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